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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Reflexões De Quem Anda


Pedro Ortaça
Reflexões De Quem Anda

Tenho semeado nas rimas,
Aromas de pasto e flor,
Com lições de corredor
Brados de paz contra a guerra
E uma certeza, que encerra,
No tino de andar sozinho,
Chegar ao fim do caminho
E devolver-lhe pra terra!

Porque os pendores campeiros
Que este meu verso eterniza,
É alma que se enraiza
Firmando a crença de um povo;
E, às vezes, quando removo
O Baú dos meus anseios,
Me sinto sobre os arreios
Fazendo Pátria de novo.

Orquetado tempo afora
Repenso o que a vida ensina,
E a resistência da crina
Onde o meu canto se agarra,
São as cordas da guitarra
Afinadas todo o ano
Com diapasão de minuano
Ou com vozes de cigarra

Extraviei pelas distâncias
Pedaços do que juntei;
E os assovios que deixei
Para entreter as demoras,
Sonorizando as auroras
Nos horizontes tranqüilos,
Renascem cantos de grilos
Nas rosetas das esporas.

Por entender aos que sofrem
"Basteriei" os sentimentos,
Sempre embuçalo momentos
Que tironeiam meu ser;
Isso me fez aprender
Que os lançamentos da ternura:
São luzes pra quem procura
Um rumo para crescer.

Sempre pensei que ser grande
É ter purezas por dentro
E a verdade como o centro
Esteio pras emoções
Balizando as decisões
Com a razão desarmada
Sem "trampas" e mastilhadas
Nas trilhas dos corações

Eu sei que há de ficar
A minha voz nos galpões
Pras vindouras gerações
Que nascerão neste solo.
E, por isso, me consolo,
Pois nas verdades que trago,
Anda a esperança do pago
Pelos embalos de colo!


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