.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Meios de comunicação como suporte na Educação


É inevitável que cada vez mais os meios de comunicação se insiram nas escolas. Não há como fugir do desenvolvimento, já que ele está em todo lugar, em todas as áreas, e soma para o crescimento e melhoramento de vida das pessoas. Sendo assim, um dos meios do progresso tecnológico chegar nas escolas é através dos recursos videotecnológicos, que têm que servir de suporte ao professor em suas aulas, que na maioria das vezes não são criativas e, sim, enfadonhas para o aluno.
Há uma resistência por parte dos educadores em aceitar a inserção dos meios de comunicação nas escolas, porque eles, os educadores, temem sua substituição por tais meios. O professores não querem deixar de ser os “únicos” transmissores de conhecimento e também hesitam em aceitar que os alunos tragam a “cultura” que eles absorvem em casa para se unir aos conhecimentos adquiridos diariamente na sala de aula.

Um professor de ensino fundamental pode usar, por exemplo, o título de uma matéria de jornal para explicar as diferenças entre sentido conotativo e denotativo, ou ainda mostrar o desmatamento de florestas e suas consequências, por meio de um vídeo com imagens de nossas florestas brasileiras (para que o problema fique mais próximo da realidade do aluno) com recursos infográficos de dados e porcentagens, tudo bem colorido e atrativo para o estudante.
Segundo as pesquisas do Dr. Adilson Citelli, que podem ser encontradas no livro Comunicação e Educação: a Linguagem em Movimento, as escolas estão preparadas com recursos tecnológicos, mas os professores não os utilizam, porque não sabem como proceder, não querem, ou não veem necessidade, porém alguns (uma minoria) desejam aprender a manusear os equipamentos, para assim interagir com os alunos.
Enquanto essa resistência por parte dos professores predomina, os meios de comunicação entram na vida de todos, sem pedir permissão e agressivamente, tomando conta dos pensamentos do receptor. Ocupando as lacunas deixadas por seus educadores, que não os ensinaram a ter um senso crítico diante de todas as informações que a mídia praticamente despeja em suas mentes todos os dias. Construindo, assim, um indivíduo sem identidade e sem nenhum tipo de referencial, uma criatura massificada e forjada apenas para o consumo.
Mas os meios de comunicação também podem criar um sujeito que sabe pensar, sabe ver além dos muros de sua casa ou das grades de seu prédio. Os meios de comunicação abriram um mundo novo para os indivíduos, como os pertencentes ao proletariado do século XIX, que trabalhavam 15 horas por dia, seis dias por semana, tomavam sopa de batatas com repolho para se aquecer, dormiam pouco e mal, ou seja, tinham péssimas condições de vida.
Entretanto, tinham forças para lerem os folhetins e ficavam ansiosos para a próxima semana chegar logo, em que primeiramente receberiam seus salários e posteriormente saberiam o próximo capítulo da história do folhetim. Isso proporcionava ao proletariado uma certa alegria, diante daquela jornada que lhe consumia diariamente.
Claro que desde tais primórdios da comunicação, do jornalismo em especial, já havia uma certa dominação da imprensa em relação à massa, pois, ainda no exemplo do folhetim, os capítulos eram divididos para serem um por semana (como o salário que era semanal), o proletariado só lia o que a imprensa e os interesses capitalistas quisessem, e quando quisessem, prendendo assim o leitor até o final, o que dava muito lucro aos jornais.
Porém, houve uma compensação para o proletariado, pois a leitura do folhetim era feita em pequenos grupos e em uma só voz. Havia um narrador. Nem todos sabiam ler, mas queriam saber o conteúdo do folhetim, isso proporcionou uma certa sociabilidade entre aqueles indivíduos que se submetiam a uma jornada quase que escrava. Incentivou a leitura, a imaginação, e fez com que esses escravos do capitalismo despertassem para um mundo antes desconhecido.
A vontade de conhecer outros povos e outras culturas nasceu. E foi resultando mais tarde em avanços na busca por informação, como, por exemplo, em aproximadamente 1830, no fotojornalismo, que a princípio fazia cobertura de guerras, e hoje, por meio de suas coberturas, informa milhares de pessoas sobre o que acontece em qualquer parte do mundo, juntamente com o auxílio da internet, que é uma tecnologia que possibilita a transmissão de dados instantaneamente.
Graças a sentimentos como esses, e a iniciativas como as do folhetim, é que hoje no século XXI todos temos uma sede insaciável de querer saber um pouco sobre tudo e cada vez mais. A tecnologia avançou muito em pouco tempo, o que às vezes nem nos dá tempo de absorver tudo. Hoje temos telefones móveis que podem ser televisões, televisões que podem ser computadores, televisões digitais, transmissões via satélite e etc.
E tudo isso pode e deve ser usado no exercício da pedagogia. É inconcebível hoje uma escola sem um videocassete ou DVD, acompanhado por uma televisão e um computador, ou universidade sem um laboratório digital. Isso tudo sempre utilizado pelo professor como suporte e não para se sobressair ao professor, pois a máquina não pensa, ela é programada para executar tarefas, sob o comando do ser humano.
Além do mais, hoje o conhecimento educacional é possível nas regiões mais longínquas graças aos sinais via satélite em que se consumam as videoaulas. Os cursos superiores também podem ser feitos pela internet, assim como as pós-graduações. Isso tudo auxilia aqueles que não têm condições financeiras ou mesmo tempo todos os dias de se deslocar a um prédio de universidade para assistir às aulas.
Sendo assim, a educação tem que acompanhar os avanços tecnológicos, os dois andando lado a lado, e os professores têm que abrir suas mentes para o desenvolvimento, mas não com medo de ser substituído pelas máquinas, e sim com o anseio de que seus conhecimentos serão cada vez mais aprimorados para o seu próprio bem e de toda a sociedade.
Se não for assim, se o educador não contiver dentro de si esse anseio, temo ser radical, mas creio que ele não tenha o espírito de um educador, mestre e orientador. Aquele cujo aluno deseje se espelhar e o tenha como exemplo de verdadeiro intelectual, mas acima de tudo um ser humano que deseja sempre repartir algo com os outros, e busque sempre mais conhecimento, mas não com o temor de algum dia ser trocado por alguém ou algo que saiba mais do que ele, e sim por sempre almejar crescer em sua profissão, e passar sempre o melhor para os outros



Um comentário:

Celiane diz: Eu adoro quando você comenta aqui!


Quem sou eu

Meu msn

Meu msn
celianefarias@hotmail.com

Minha lista de blogs

Quem gosta de sempre vir me visitar: